Direitos Humanos, Ciências e Interdisciplinaridade
Direitos Humanos, Ciências e Interdisciplinaridade
Nível: Mestrado
Créditos: 4
Carga Horária: 64hs
Ementa
Nesta disciplina pretende-se ao discutir as fronteiras do campo de estudos dos direitos humanos como um campo científico interdisciplinar. Procurar-se-á estabelecer relações entre teoria crítica, conhecimento científico e articulação entre ciências, como o objetivo de situar alguns dos limites e desafios impostos à interdisciplinaridade no interior desse campo de estudos. Pois, grande parte do debate intelectual e das lutas sociais que se deram em meio ao diagnóstico da crise civilizatória, das promessas não cumpridas do mundo moderno, foi pensada e problematizada, no espaço acadêmico, tendo como pano de fundo questões do tipo: o campo de estudos formado em torno da problemática dos direitos humanos produziu uma teoria social capaz de ver além das fronteiras das diferentes teorias sociais o conformava? É nesse contexto que, em diversos níveis de integração interdisciplinares e em diferentes formatos institucionais multidisciplinares e, por vezes, interinstitucionais ,é que foi tomando forma esse novo campo de pesquisa. Um campo de pesquisa que, diante da crise societária, reivindicava tratar essa problemática a partir de um profundo e amplo diálogo entre a ciência como um todo e o senso comum, a ação política e o pensamento crítico, redefinindo suas fronteiras disciplinares.
Bibliografia
BURSZTYN, M. A Institucionalização da Interdisciplinaridade e a Universidade Brasileira. In: LIINC em Revista, v.1, n. 0, março 2005a. p.38-52. http://www.liinc.ufrj.br/revista.
______.Interdisciplinaridade: é hora de institucionalizar!In: Ambiente e Sociedade. Campinas: Unicamp: CNPq, v.2, nº 5, jul./dez., 1999, pp. 229-232. 1.
BOURDIEU, Pierre. Coleção Grandes Cientistas Sociais. São Paulo: Ática, 1983.
ESCHENHAGEN, M. L. Conocimiento, complejidad, sistemas e interdisciplinariedad. In: La educación ambiental superior en América Latina: cómo se refleja la interdisciplinariedad en los planes curriculares de maestría? Cidade do México: Universidade Autônoma do México, 2005. Tese de Doutorado. pp. 1-76.
FULLER, S. On regulating what is known: a way to social epsitemology. In: Synthese. Nº 73 Oct., 1987. pp.145-183.
GIESBRECHT, M. DO. Interdisciplinaridade ambiental: um estudo sobre programas de pósgraduação no Brasil. Campinas, 2004. Relatório de qualificação. (Mestrado em Sociologia) Universidade Estadual de Campinas.
GARCÍA, R. Conceptos básicos para el estudio de sistemas complejos. In : MENDEZ, I. e CASANOVA, P. G. (coord.) Matemáticas y ciências Sociales. México: CIIH, 1993. pp.89-115.
HABERMAS, J.. Técnica e ciência enquanto ideologia. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril, Editora, 1975.
KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1990.
LAUTOUR, Bruno. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1994.
LEFF, E. Epistemologia Ambiental. São Paulo: Cortez, 2001b. pp. 61-110.
LIMA, Ricardo Barbosa de . A disputa entre o normativo e o analítico no campo de estudos socioambientais no Brasil (1992-2002). In: Leila da Costa Ferreira; Laura Duarte. (Org.). Diálogos em ambiente e sociedade no Brasil II. 1 ed. São Paulo: Annablume, 2008, v. 2, p. 221-241.
MORIN, E. Epistemologia da complexidade. In: SCHNITMAN, Dora Fried (org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996b. pp. 274-289.
NUNES, João Arriscado. Introdução ao painel. Ciências/Humanidades: grandes esperanças ou ligações perigosas?. In : Revista Crítica de Ciências Sociais. A reinvenção da teoria crítica. nº 54. jun. 1999, pp. 107-114.
PRIGOGINE, I. O fim das certezas. Tempo, Caos e as Leis da Natureza. São Paulo: UNESP,1996.
SANTOS, Boaventura de Sousa. A crítica da razão indolente. Contra o desperdício da experiência. São Paulo: Cortez,2001.
SOARES, L. E. Faça a coisa certa: o rigor da indisciplina. In: BOMENY, H. e BIRMAN, P. (orgs.). As assim chamadas ciências sociais: formação do cientista social no Brasil. Rio de Janeiro: UERJ, 1991. pp. 265-278.
REIS, E. P. Reflexões transversas sobre transdisciplinaridade. In: BOMENY, H. e BIRMAN, P. (orgs.). As assim chamadas ciências sociais: formação do cientista social no Brasil. Rio de Janeiro: UERJ, 1991. pp. 243-249.
SCHNITMAN, Dora Fried (org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. 294 p. 19. SHIVA, V. Biopirataria: a pilhagem da natureza e do conhecimento. Petrópolis: Vozes, 2001.